Linha Terapêutica - Ana Pozza Psicologia
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Linha Terapêutica

A Terapia Relacional Sistêmica propõe uma visão do ser humano como um ser em relação, em que os relacionamentos são circulares, ou seja, o comportamento de um interfere, desencadeia ou mantém o comportamento do outro. A TRS propõe que a pessoa ou a família possam tomar consciência do padrão de relação que tendem a estabelecer em suas relações, passando a conhecer o Padrão de Funcionamento pessoal e familiar, o qual se configura como uma forma repetitiva utilizada para responder e reagir às situações da vida. Assim, mais importante que os conteúdos é a compreensão dos padrões de interação e funcionamento, conectados com o momento e o contexto, criando novas alternativas de funcionamento e mudança.

 

A partir de uma compreensão sistêmica do funcionamento, a mudança passa a ocorrer como um processo, ou seja, ocorre considerando-se sempre o contexto e o momento de vida da pessoa e seu processo de amadurecer e mudar. A mudança fundamental proposta pela visão sistêmica é a substituição do modelo linear de pensamento científico pelo circular, opondo-se à visão mecanicista causal dos fenômenos. Deste modo, o terapeuta não tentará explicar um comportamento isolando o indivíduo de seu meio social, mas sim irá observá-lo em suas relações com os membros da família e com os demais sistemas com os quais estará envolvido. O processo envolve tempo, elaboração, tentativas de erro e acerto e consciência acerca do próprio funcionamento, além do próprio contexto em que está se vivendo e que também está em transformação.

 

Nesse processo, a TRS considera a família como contexto para compreender a forma pela qual seus membros desenvolvem e modificam sua concepção de si mesmos e do comportamento de seus membros. A família é vista como um sistema onde as ações e comportamentos de um dos membros influenciam e simultaneamente são influenciadas pelos comportamentos de todos os outros. Conhecer os padrões relacionais familiares auxilia a pessoa a conhecer o padrão de funcionamento nas interações nos demais sistemas que a pessoa está incluída (familiar, conjugal, parental, fraternal, social).

 

Ao levar em conta os aspectos de relação e de globalidade, a visão sistêmica entende o ser humano como um sistema de personalidade ativo em que a criatividade, a imprevisibilidade e a capacidade de escolher constituem suas características mais representativas. Nesta perspectiva, a compreensão e o tratamento do sofrimento mental passam a abranger o contexto mais imediato do indivíduo que é a família, a qual passa a ser vista como um sistema onde as ações e comportamentos de um dos membros influenciam e simultaneamente são influenciadas pelos comportamentos de todos os outros. Desta forma, o sintoma ou o sofrimento passam a ser vistos como uma forma de comunicação. Ou seja, os sintomas comunicam algo que está em desequilíbrio no sistema, ou nas interações relacionais, porém ao serem olhados de maneira global auxiliam na compreensão do problema.

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